sábado, 22 de outubro de 2011

Eu me deitei, olhei pro espaço vazio na cama e deixei as lágrimas escorrerem, não as enxuguei porque eu esperava que você estivesse lá para fazer isso. Engoli o seco ao mesmo tempo em que engoli as coisas que eu devia ter te dito. Olhei para o teto tentando amenizar a vontade de chorar alto, te agarrar e cuspir tudo aquilo que eu precisava dizer. As tentativas foram em vão. Me revirei, e me peguei na ilusão, comecei a imaginar nós. Eu sorri, mesmo chorando. De tanto imaginar, comecei me culpar. Eu nunca entendi o porque desse meu jeito, que sente e não diz. Eu analisei aquele espaço na minha cama, vi que você se encaixaria ali perfeitamente, e senti uma lágrima atravessar meu rosto até cair na cama. Eu abracei o vazio, como se eu estivesse abraçando você, imaginei sua voz, seu braço em torno de mim. Eu estava fraca demais para abafar o som da minha dor, então eu fingi e os pensamentos de te ter, me fizeram pegar no sono. Eu havia fechado meus olhos, para mais uma vez, sonhar contigo. Com nós, melhor dizendo. Ah, como aquele sonho foi bom. Você estava ali, cuidando perfeitamente de mim, usando suas palavras doces para me acalmar. - Ô meu amor, seu sorriso é tão lindo. Pequena, você é tão perfeita - Eu toquei seu rosto, te dei um beijo e te vi sorrir. Como num filme, tudo passou rápido, nós já estávamos casando. Você ali parado do outro lado da igreja, sorrindo, nervoso enquanto eu entrava tremendo, pensando comigo que eu seria tua para sempre, a partir daquele momento (…) Mas, logo eu acordei. Sonhar é bom, mas eu havia me perdido naquela história. Olhei de novo para o espaço, pensei que você pudesse estar lá. Eu estava errada. Chorei de novo, abafei o som gritante das lágrimas com meu travesseiro, respirei fundo, porque eu sabia, tudo ia acontecer mais uma vez. twns

Nenhum comentário:

Postar um comentário